A PEC do corte de gastos não será colocada na pauta da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (4).
Depois de indícios de que os deputados atrasariam a votação pedindo vistas, a bancada governista preferiu retirar o pedido de inclusão.
À BandNewsTV, o senador Humberto Costa (PT) lamentou o ocorrido, e admitiu que o governo pode buscar outros caminhos em busca de uma aprovação.
“É uma coisa que nós [senadores] nem sempre temos conhecimento, quais são os temas que estão provocando posição x ou y. Obviamente que os líderes do governo, do Congresso Nacional, o senador Randolfe deve estar acompanhando isso de perto, e juntamente com os líderes na Câmara, devem estar procurando uma alternativa. Foi muito ruim que a PEC não tenha sido admitida”, disse ele, que ponderou.
“Temos que levar em consideração que a presidência da CCJ na Câmara é de uma integrante do Partido Liberal, que é radicalmente contra o nosso Governo, até se entende, não dá para gente fazer uma generalização de que se for encontrado um novo caminho para a votação da PEC, não venha a acontecer, mesmo, sem o domínio de como está o processo de tramitação na Câmara”.
Humberto Costa afirmou ainda que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, está alinhado com a proposta, e já sinalizou que vai colocá-la para votação.
“Aqui no Senado estamos preparados, Pacheco já declarou que vai votar o mais rápido possível, pediu, inclusive, aos senadores que não se afastassem do Brasil nesse período por que ele quer votar de imediato, tudo indica que aqui estamos prontos para fazer a votação das medidas.”
O pacote de cortes espera atingir os R$ 70 bilhões até 2026, e foi apresentado em projeto de lei complementar, projeto de lei ordinária e Proposta de Emenda à Constituição.
Mesmo em dezembro, deputados e senadores esperam uma aprovação até o fim do ano.