Foi confirmado em coletiva de imprensa nesta terça-feira (18), que o suspeito Maicol Sales dos Santos confessou ter matado a jovem Vitória Regina, de 17 anos. A confirmação veio após os advogados de Maicol negarem a confissão.
O diretor do departamento de polícia judiciária, Luiz Carlos do Carmo, também disse que o assassino agiu sozinho, e que além da confissão, uma série de provas levam ele como autor do crime:
“Não restam dúvidas de que ele agiu sozinho (…) primeiramente foi obtido testemunhas que afirmaram que ele estava na cena do crime no momento que ele arrebatou a vítima”
A perícia identificou objetos utilizados na cena do crime, e a apreensão do celular de Maicol revelou que ele vinha monitorando a vítima há um pouco mais de um ano, além de prints de fotos da vítima e também de outras garotas com o mesmo tipo físico dela.
Além do conteúdo do celular, a polícia teve acesso aos registros de câmeras de segurança próximas a uma escola, que flagraram um veículo parecido com o de Maicon perto do ponto de ônibus onde Vitória desembarcou. Testemunhas confirmaram ter visto o veículo dele perto da cena do crime.
Relembre o caso
Vitória trabalhava em um shopping da região e desapareceu na noite de 26 de fevereiro, quando voltava para casa após o expediente. Imagens de câmeras de segurança mostram a jovem caminhando em direção ao ponto de ônibus – trajeto que costumava fazer diariamente.
Dois homens em um carro pararam brevemente para conversar com ela. Desconfiada da abordagem, a jovem enviou mensagens para uma amiga, expressando seu desconforto com a atitude da dupla.
Enquanto ela ainda estava no local, outros dois homens chegaram ao ponto e também permaneceram ali. Os três embarcaram no ônibus, mas, segundo Vitória, eles teriam descido antes dela.
Segundo o depoimento do motorista do ônibus, ela desceu sozinha no mesmo local de sempre, em uma estrada de terra do bairro Panunduva, região de chácaras onde vivia com a família. Esse foi o último lugar onde foi vista.
Quando Vitória foi encontrada?
O corpo de Vitória foi encontrado na tarde de quarta-feira (5) em uma área de mata fechada em Cajamar, a cerca de 5 quilômetros de sua casa, já em estado avançado de decomposição. Ela foi identificada pelos familiares por meio de uma tatuagem de borboleta na perna e um piercing no umbigo.