Ligação entre Trump e Putin pode definir rumos do cessar-fogo na Ucrânia

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, devem conversar por telefone nesta terça-feira (18) sobre um possível cessar-fogo de 30 dias na guerra da Ucrânia. A informação foi confirmada pelo porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, e pelo próprio Trump, que falou com jornalistas a bordo do Air Force One.

Trump declarou no domingo (17), que a ligação ocorrerá após um fim de semana de negociações. “Falarei com o presidente Putin na terça-feira. Muito trabalho foi feito durante o fim de semana”, afirmou o presidente americano durante um voo que partiu da Flórida com destino a Washington. “Queremos ver se podemos acabar com essa guerra. Talvez possamos, talvez não, mas acho que temos uma chance muito boa.”

Na última terça-feira (11), o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, aceitou a proposta dos Estados Unidos pelo cessar-fogo. No entanto, na quinta-feira (13), Putin rejeitou o acordo, alegando que precisava discutir o assunto com Trump antes de tomar uma decisão. O líder russo demonstrou receio de que a Ucrânia utilizasse o período de trégua para se rearmar.

Mais cedo, Zelensky criticou a postura da Rússia em sua conta na rede social X (antigo Twitter). “A Ucrânia apoiou a proposta dos EUA para um cessar-fogo provisório total e incondicional de 30 dias. Agora, vemos como a Rússia está estabelecendo condições absolutamente desnecessárias e, de fato, rejeitando essa proposta. Moscou não quer a paz, mas a continuação da guerra”, escreveu o presidente ucraniano.

Enquanto as negociações seguem indefinidas, os ataques continuam. Segundo informações militares, a Ucrânia derrubou 90 dos 174 drones russos lançados recentemente, enquanto a Rússia afirmou ter abatido 72 drones ucranianos.

Um dos principais pontos da conversa entre Putin e Trump será a possível cessão de territórios como parte do acordo de cessar-fogo. A negociação ocorre em um momento crucial do conflito, com Washington e Kiev pressionando por uma trégua imediata.

Laura Basílio sob supervisão de Denise Bonfim.