Com a aproximação da temporada de verão na Europa, o governo de Barcelona planeja medidas para conter o número em massa de turistas na cidade. O planejamento ocorre em meio à onda de manifestações de moradores que protestam contra o turismo em grande escala na cidade e em toda a Espanha. Segundo especialistas a capital catalã recebeu mais de 15 milhões de pessoas em 2023 e 2024.
Nas medidas anunciadas pela Câmara Municipal de Barcelona inclui a criação de uma zona especial para fotos ao lado da Basílica da Sagrada Família, um dos principais pontos turísticos da capital — que segundo o vice-presidente da Câmara, Jordi Valls, o bairro onde a igreja está localizada pode receber até 50 mil visitantes por dia no verão — número equivalente ao de moradores na área.
Além disso, Barcelona planeja proibir o aluguel de apartamentos de curta duração para turistas até 2028, como uma forma de reduzir o custo de vida da população, já que parte dos moradores apontam o turismo como principal responsável pelo aumento do custo de moradia. O motivo está na preferência dos proprietários em alugar por temporada aos turistas do que para pessoas que pagam mensalmente.
Outra proposta é reduzir o número de navios que atracam nos portos de Barcelona. O principal objetivo da medida é conter o número de pessoas que desembarcam de cruzeiros, aumentando drasticamente a lotação na cidade.
O turismo representa cerca de 14% da economia da cidade, com a geração de mais de 150 mil empregos diretos. O governo local possui um projeto para dobrar a taxa turística da cidade para € 15 por noite. O principal plano é achar um equilíbrio para que Barcelona não se torne uma cidade hostil para visitantes, e com boas condições de vida para a população.
Em 2024, moradores locais atacaram visitantes com armas d’água durante protestos contra o turismo. Os manifestantes também usaram cartazes pedindo para que os visitantes voltassem para casa.
