O governo federal encaminhou nesta terça-feira (15) ao Congresso Nacional o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2026, prevendo o salário mínimo em R$1.630 a partir de janeiro do próximo ano. Caso o valor se confirme, representará um aumento de R$112 em relação ao piso atual de R$1.518, o que equivale a um reajuste de 7,4%. O pagamento do novo valor deve começar a ser feito em fevereiro.
O reajuste segue a fórmula aprovada no fim de 2024, que considera a inflação acumulada até novembro, medida pelo INPC, e o crescimento real do PIB de dois anos antes, limitado a 2,5%. Essa regra faz parte do novo arcabouço fiscal, que busca equilibrar as contas públicas até 2030. Apesar da estimativa apresentada pelo governo, o valor definitivo do salário mínimo só será conhecido em dezembro, quando os dados oficiais de inflação forem consolidados.
Cerca de 60 milhões de brasileiros têm rendimentos atrelados ao salário mínimo, incluindo trabalhadores formais, aposentados, pensionistas e beneficiários de programas sociais como o BPC. O aumento previsto pode gerar um impacto de R$44,8 bilhões nas contas públicas, considerando que cada real acrescentado ao piso representa um gasto adicional de R$400 milhões.
