Por 6 votos a 4, o Supremo Tribunal Federal decidiu nesta segunda-feira (28) manter a prisão do ex-presidente Fernando Collor de Mello. A detenção havia sido determinada pelo ministro Alexandre de Moraes na semana passada e passou a ser avaliada pelo plenário. A defesa de Collor solicitou prisão domiciliar alegando problemas de saúde, mas o pedido ainda aguarda análise da Procuradoria-Geral da República.
O julgamento chegou a ser interrompido após pedido do ministro Gilmar Mendes para que ocorresse no plenário físico, mas ele voltou atrás, permitindo a retomada no plenário virtual. Votaram pela manutenção da prisão os ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia e Dias Toffoli. Foram favoráveis à soltura André Mendonça, Luiz Fux, Gilmar Mendes e Nunes Marques. Cristiano Zanin se declarou impedido de votar por ter atuado em processos da Lava Jato.
Fernando Collor, de 75 anos, foi condenado a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, em um caso relacionado a contratos da BR Distribuidora, na época vinculada à Petrobras. A defesa apresentou laudos médicos apontando doenças como Parkinson, apneia do sono grave e transtorno bipolar, alegando necessidade de prisão domiciliar. O Supremo ainda aguarda parecer da PGR para decidir sobre o novo pedido.
