A Polícia Civil do Rio de Janeiro concluiu nesta quarta-feira (2) a autópsia do corpo da brasileira Juliana Marins. Ela morreu após cair durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia. O novo exame foi feito no Instituto Médico Legal (IML) Afrânio Peixoto, no Centro do Rio, e um laudo preliminar deve ser divulgado em até sete dias.
O corpo foi liberado ainda pela manhã para a família poder realizar o velório e o enterro, marcados para Pendotiba, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio.
O procedimento durou pouco mais de duas horas. Peritos da Polícia Civil realizaram a necropsia, acompanhados por um médico legista da Polícia Federal e por um assistente técnico indicado pela família. A irmã de Juliana, Mariana Marins, também esteve presente.
Família busca esclarecimentos
A família contesta a primeira autópsia, feita pelas autoridades indonésias, e afirma que o laudo entregue deixou lacunas importantes. Segundo o exame realizado em Bali, na última quinta-feira (26), Juliana sofreu múltiplas fraturas e hemorragias internas após um trauma contundente. O documento indica que ela resistiu por cerca de 20 minutos após o impacto, mas não informa a data exata do acidente, nem o horário da morte.
Além disso, a certidão de óbito emitida pela embaixada brasileira em Jacarta também foi alvo de críticas. O documento se baseou no laudo indonésio, mas não apresentou informações conclusivas.
A Defensoria Pública da União (DPU) solicitou à Polícia Federal a abertura de um inquérito para apurar o caso no Brasil. Segundo a entidade, há falhas na apuração feita pelas autoridades do país asiático.
O primeiro exame foi feito poucas horas após o resgate do corpo no Parque Nacional do Monte Rinjani. O laudo apontou que Juliana já estava morta entre 12 e 24 horas antes de chegar ao serviço legista e descartou a hipótese de hipotermia.
Chegada ao Brasil
Juliana Marins chegou ao Brasil na terça-feira (1). O corpo veio em um voo da Emirates até o Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. Em seguida, foi transferido em uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) até o Rio de Janeiro. O pouso aconteceu por volta das 19h40, na Base Aérea do Galeão. A prima de Juliana, que acompanhou o pai da jovem à Indonésia, participou do desembarque.
Agora, a família aguarda o novo laudo para tentar entender o que de fato aconteceu com Juliana.
Laura Basílio sob supervisão de Thiago San.