O presidente Lula (PT) nomeou, nesta segunda-feira (5), Márcia Lopes como ministra das Mulheres. Após meses de espera e especulação, Márcia — que é assistente social e professora — surgiu como um possível nome para a pasta há alguns dias.
A nomeação marca a 12ª troca de ministros no atual governo e reforça a presença de mais um filiado ao PT nas pastas ministeriais. Filiada ao partido desde o início dos anos 1980, Márcia já integrou o segundo mandato de Lula, em 2010.
A saída de Cida Gonçalves era esperada desde o fim do ano passado, e ganhou força após denúncias de assédio moral, arquivadas em fevereiro pela Comissão de Ética da Presidência (CEP). Em entrevista concedida na porta do ministério, ela negou que isso tenha pesado contra sua gestão.
“Ele [Lula] não disse sobre falta de produtividade, várias outras questões ditas por aí. O que fizemos foi uma troca. Precisamos de energia nova. (…) Não contou a discussão do assédio, aliás eu gostaria de dizer que foi arquivado o processo na comissão de ética, apesar de isso estar sendo dito, não temos denúncia no Ministério das Mulheres. Não é uma troca por incompetência, por assédio, por rixa. Não é isso. É uma troca de rumo, de momentos. Tem hora que você tá no limite do esgotamento, do que pode avançar. E gente nova chega com um novo olhar”, disse.
Márcia afirmou que seu trabalho será uma continuidade do de Cida. “A gente vem para ampliar e ir ao encontro dessas mulheres em todo o Brasil. (…) O Ministério das Mulheres vai ter um intenso trabalho. Vamos na Saúde, na Educação, Cultura, Agricultura, buscar exatamente aquelas referências e o trabalho que cada ministério tem o dever em relação às mais de 104 milhões de mulheres.”