Os jogadores Figueiredo e Luighi, do Palmeiras, foram alvos de insultos racistas durante a vitória da equipe brasileira por 3 x 0 contra o Cerro Porteño, pela segunda rodada da Copa Libertadores sub-20. O caso aconteceu no estádio Gunther Vogel, na província de San Lorenzo, no Paraguai.
Aos 36 minutos do segundo tempo, depois do terceiro gol do Palmeiras, um homem com uma criança no colo fez referências a um macaco em direção ao atleta Figueiredo, que estava sendo substituído. O atacante Luighi, que também saiu de campo, foi xingado de “macaco” pela torcida do time paraguaio. O jovem de 18 anos alertou a arbitragem sobre o ocorrido, mas o árbitro ignorou as reclamações e continuou com o jogo normalmente.
Após a partida, Luighi foi escolhido para a entrevista pós-jogo. O jogador demonstrou indignação após ser questionado sobre a partida, e se revoltou quando percebeu que o caso de racismo não seria abordado.
Em nota publicada nas redes sociais, a Conmebol, entidade máxima do futebol sul-americano e organizadora da Libertadores, afirmou que vai tomar “medidas disciplinares” como forma de garantir que novos casos de injúria racial não voltem a acontecer. Além disso, o Palmeiras cobrou que os responsáveis pelos insultos sejam punidos. Rivais do clube alviverde, como São Paulo e Corinthians, também prestaram apoio ao atleta.
“A CONMEBOL rejeita categoricamente todo ato de racismo ou discriminação de qualquer tipo. Medidas disciplinares apropriadas serão implementadas, e outras ações estão sendo avaliadas em consulta com especialistas da área” – publicou o perfil da entidade.
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Alexandre Mansano (sob supervisão de João Vieira)