O governo brasileiro rejeitou a proposta apresentada por uma delegação dos Estados Unidos para classificar o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV) como organizações terroristas. O pedido foi feito durante uma reunião em Brasília, que contou com a participação de autoridades brasileiras e de um grupo americano liderado por David Gamble, chefe interino da Coordenação de Sanções do Departamento de Estado.
Segundo representantes norte-americanos, a inclusão das facções brasileiras na lista de organizações terroristas permitiria aos EUA impor sanções mais rigorosas contra os grupos. No entanto, técnicos do Ministério da Justiça e Segurança Pública argumentaram que, pela legislação brasileira, essas facções são consideradas organizações criminosas, e não terroristas. O governo brasileiro também alegou que a atual legislação do país já dispõe de dois instrumentos federais que tratam especificamente do combate ao crime organizado
A reunião ocorreu na terça-feira (6), durante encontros com representantes do governo Donald Trump, e foi afirmado ao governo brasileiro que o PCC e o Comando Vermelho possuem presença em doze estados norte-americanos, onde utilizam o território para operações de lavagem de dinheiro por meio de brasileiros que viajam aos Estados Unidos.
