Nesta segunda-feira (24), o ministro Luiz Fux do Supremo Tribunal Federal (STF) pediu vista (um maior prazo) para analisar o caso de Débora Rodrigues. O julgamento da mulher que pichou com batom vermelho a estátua da Justiça, em frente ao órgão público, começou na última sexta-feira (21) e terminaria no dia 28. A ré está presa desde o dia 17 de março de 2023.
O placar estava em 2 a 0 a favor da condenação, votos de Alexandre de Moraes e Flávio Dino. O julgamento ainda não tem uma data prevista para ser retomado. Cristiano Zanin e Cármen Lúcia, além do próprio Fux, ainda vão se manifestar.
Débora Rodrigues dos Santos foi denunciada por cinco crimes diferentes segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR): tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
Os advogados de Débora divulgaram uma nota reprovando o pedido do ministro. “Embora reconheçamos o direito regimental do ministro em analisar os autos com maior profundidade, essa decisão agrava ainda mais as tensões do caso e adia indefinidamente um desfecho para Débora, que permanece privada de sua liberdade há mais de dois anos”,
“Débora Rodrigues está presa preventivamente desde 17/03/2023, sem um julgamento célere e justo. O prolongamento desse quadro é inaceitável. Afinal, será que em mais de dois anos de tramitação processual não houve tempo suficiente para que os autos fossem analisados?”, completaram.