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Israel e Hamas completam primeira fase de acordo

A troca de prisioneiros aconteceu após um impasse gerado por um erro na entrega do corpo de um refém, que quase comprometeu o acordo
Reprodução/Arquivo/BandNews TV

Na noite desta quarta-feira (26), o Hamas entregou os corpos de quatro reféns e Israel libertou mais de 600 prisioneiros palestinos, marcando o fim da primeira fase de um acordo de cessar-fogo. A troca de prisioneiros aconteceu após um impasse gerado por um erro na entrega do corpo de um refém, que quase comprometeu o acordo.

O impasse começou no sábado (22), quando Israel se recusou a soltar os prisioneiros palestinos previstos, alegando que o Hamas havia descumprido o acordo. O motivo foi a entrega de um corpo que não correspondia ao de Shiri Bibas, conforme combinado. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, classificou as cerimônias de libertação organizadas pelo Hamas como “humilhantes” e proibiu sua realização. Nessas cerimônias, prisioneiros israelenses demonstraram cordialidade com os membros do Hamas, o que gerou repercussão.

Com a mediação de intermediários, o acordo foi retomado após o Hamas entregar o corpo correto de Shiri Bibas, explicando que o erro inicial ocorreu devido à mistura de restos mortais. O grupo palestino também se comprometeu a libertar os prisioneiros israelenses sem filmagens públicas.

Os corpos entregues pelo Hamas foram transferidos para a Cruz Vermelha no sul de Gaza e, por volta da meia-noite, levados para Kerem Shalom, ponto de passagem entre Gaza e Israel. Três dos corpos foram rapidamente identificados por registros dentários, sendo eles Schlomo Mantzur, Ohad Yahalomi e Itzhak Elgarat. O quarto corpo, de Tsachi Idan, foi confirmado posteriormente, com a família dele informando que haviam recebido sinais de que ele ainda estava vivo em novembro de 2024.

No total, Israel libertou 642 prisioneiros palestinos, segundo o Escritório de Informações de Prisioneiros Palestinos, dos quais 46 eram mulheres ou menores de idade. Esse número ultrapassa os 602 prisioneiros inicialmente previstos para serem libertados no sábado (22), conforme estipulado no acordo. A informação ainda não foi confirmada pelo Hamas.