O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, deve enviar nesta segunda-feira (25), para a Procuradoria Geral da República (PGR) o inquérito da Polícia Federal (PF) sobre as investigações do plano de golpe de Estado depois da eleições de 2022.
Quando receber o inquérito, caberá à PGR avaliar o documento e decidir o destino da investigação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e as outras 37 pessoas indiciadas. Uma das possibilidades é a apresentação de uma denúncia, o que significa uma acusação formal de crimes na Justiça.
A Procuradoria também pode pedir mais apurações à Polícia ou ainda arquivar o caso. A expectativa é que a PGR apresente denúncia, mas somente em fevereiro de 2025. A demora teria dois motivos: primeiro porque o procurador geral Paulo Gonet quer analisar esse inquérito em conjunto com outras investigações, como a da fraude nos cartões de vacina e a das joias sauditas. O procurador quer entender como esses inquéritos se conversam e qual a relação entre eles.
O segundo motivo é o recesso de fim de ano do Poder Judiciário que deve atrasar as análises. Além disso, o inquérito envolve políticos do alto escalão do antigo governo, que requer uma análise mais aprofundada.