390 dias de guerra: 45 mil mortos em Gaza e no Líbano
Os EUA exigem que Israel explique o “horrível” ataque feito em Beit Lahiya, ao norte de Gaza, que matou cem pessoas, entre elas 24 crianças. O porta-voz israelense comunicou que está investigando o ataque e alertou que a contagem dos mortos pode ser imprecisa.
O número de mortos na guerra em Gaza já passa dos 43 mil. No Líbano, já morreram 1.974 pessoas, das quais 127 eram crianças. Para as duas frentes, há negociações de cessar-fogo.
A situação dos palestinos em Gaza está extremamente difícil com a redução da ajuda humanitária, agravada pela proibição à Agência da ONU que cuida dos refugiados, a UNRWA, de operar em Israel, decidida pelo parlamento israelense contra oposição internacional, e mesmo que os territórios ocupados não estejam sob jurisdição legal israelense.
O Hamas declarou que está aberto a “qualquer acordo” desde que conduza a um “cessar-fogo permanente” (manchete desta quarta-feira do Times of Israel). Um acordo para um cessar-fogo no Líbano foi debatido na terça-feira à noite pelo governo israelense — mas, nesta quarta, Israel ordenou a retirada dos libaneses de Baalbek, no vale de Bekaa, para novos bombardeios (segundo o New York Times on-line).
O jornal The National, de Abu Dhabi, fala em 200 mortos em Gaza e no Líbano em sua manchete de hoje. No Gulf News, de Dubai, são 100 os mortos. O Haaretz, de Israel, com uma foto de mais um enterro de soldado morto em combate, diz que a área de defesa defende o fim das guerras, que depende do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. No Jerusalem Post, “explosão mata quatro soldados em Gaza”. No jornal alemão FrankfurterRundshau, abaixo de uma foto que ocupa metade da capa, com o selo da UNRWA numa parede furada de balas, o título: Israel está se isolando. No Kuwait Times: 43 mil mártires em Gaza.
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Mais de 60 mortos na pior inundação na Espanha em décadas
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“Ridículo Mundial”, o boicote de Vinicius e do Real Madrid à festa de entrega do Bola de Ouro, dado a Rodri, o espanhol do Manchester City. Foi um “papelão”.
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Tribunal russo cobra do Google $20.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000,00
Vinte “deciliões” de dólares. Nos dicionários de português essa quantia não existe. Nem como decilhões. O valor corresponde a quatro anos de multa de 100 mil rublos por dia (1.025 dólares), dobrada a cada semana, desde que o Google bloqueou o canal ultranacionalista Tsargrad, sancionado pelos EUA e banido pelo YouTube. Depois da invasão russa à Ucrânia, outros canais foram incluídos à lista dos proibidos, incluindo o Zvezda, que pertence ao Ministério da Defesa.
Um tribunal russo ordenou o Google a restaurar todos os canais banidos. O Google cancelou a operação na Rússia. (via Boing Boing)
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Casa Branca vê chance de cessar-fogo no Líbano
A Casa Branca está querendo concluir um cessar-fogo de 60 dias na guerra entre Israel e Hezbollah, no Líbano, durante a visita de dois de seus dois principais negociadores, Amos Hochstein e Brett McGurk, que desembarcam em Tel Aviv nesta quinta-feira.
Os dois partiram depois que o governo israelense aceitou o rascunho do acordo, em princípio, durante uma reunião na terça-feira à noite. O Hezbollah também indicou que não mais exige que qualquer acordo para o Líbano esteja vinculado a um cessar-fogo em Gaza.
O acordo é baseado na Resolução 1.701 da ONU, que acabou a guerra de 2006, mas não foi implementada. Ela previa uma zona tampão entre o Líbano e Israel, mas o Hezbollah a ocupou, furou túneis, montou arsenais de mísseis, apesar do mandato da UNIFIL, as tropas de paz da ONU para a região. No dia seguinte à invasão do Hamas ao sul de Israel, o Hezbollah começou a atirar uma saraivada de mísseis diários. A população de 60 mil israelenses do norte foram retirados para o sul. Cerca de 80 mil libaneses também se deslocaram para o norte, fugindo dos bombardeios de Israel.
Enquanto o cessar-fogo é negociado, tanques israelenses rolaram no ponto mais distante em território libanês, a cidade de Khiam, e a população de Baalbek recebeu alerta para se retirar porque ela seria (e foi) bombardeada pela aviação, pela primeira vez desde o início da guerra.
O porta-voz da embaixada dos EUA em Beirute, Sama Habib, comentou sobre o acordo de cessar-fogo: “Gostaríamos de reiterar que buscamos uma resolução diplomática que implemente totalmente a Resolução 1.701 e leve cidadãos israelenses e libaneses de volta às suas casas em ambos os lados da fronteira. ”
Alguns detalhes do acordo já vazaram. O Hezbollah deverá recuar para 25 quilômetros da fronteira israelense, demarcados pelo rio Litani. O exército libanês preencherá o vazio da zona tampão, mais bem armado. Israel quer liberdade de ação no caso de se sentir ameaçado. O Líbano vai restaurar a sua soberania em todo o território libanês. O líder assassinado do Hezbollah, Hassan Nasrallah, não aceitaria o acordo em negociação, mas seu sucessor, Naim Qassem, já sinalizou maior flexibilidade.
O enviado especial da Casa Branca, Amos Hochstein, trabalha há um ano para chegar ao ponto atual, a esperança de um cessar-fogo. Mas ele adverte: “Há um esforço sério para chegar a um cessar-fogo, mas ainda é difícil fazê-lo se materializar”.
*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião da BandNews TV*