Moises Rabinovici: denúncia – oásis saudita causou 21 mil mortes

Fonte: reprodução

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O Oriente Médio entre Kamala e Trump

O Irã promete retaliar a retaliação de Israel há uma semana, ao descobrir os estragos causados — bem maiores do que os constatados inicialmente. Israel promete vingança pelos sete civis mortos por ataques do Hezbollah na quinta-feira. Os planos de cessar-fogo para Gaza e Líbano estão suspensos. O futuro do Oriente Médio espera o resultado das eleições nos EUA.

Se atacar, o Irã pode contribuir para a vitória de Donald Trump, que considera seu inimigo. Seja qual for o resultado, Joe Biden fica na Casa Branca até o “Dia da Inauguração”, 20 de janeiro. Daí o temor é do primeiro-ministro israelense “trumpista” Benjamin Netanyahu. Ele o contrariou tanto, apesar do grande apoio militar e político recebido, que o troco pode vir agora.

Enquanto estava no Líbano, o novo secretário-geral do Hezbollah, Naim Qassem, dava sinais de que recuaria suas tropas para além do rio Litani, cumprindo um item essencial para um acordo de cessar-fogo. Transferiu-se para Teerã, onde estará mais a salvo de um assassinato israelense, e endureceu: em seu primeiro discurso, falou em continuar a luta.

Rápido no gatilho, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, respondeu pela plataforma X ao secretário-geral Qassem: “A contagem regressiva começou” (para eliminá-lo, como a seus antecessores).
O aiatolá Khameney sugeriu que a nova retaliação iraniana partisse do Iraque, para poupar o Irã de um ataque de Israel. É tudo que o Iraque não quer. Seu primeiro-ministro Mohammed Shia al-Sudani já enviou recado à Washington e Teerã. Quase 20 anos depois da invasão americana que derrubou Saddam Hussein, os iraquianos estão vivendo, afinal, um momento de estabilidade com a receita da venda de petróleo. Mas ele não controla as milícias xiitas em seu território, armadas pelo Irã. Na quinta-feira, elas comemoraram o disparo de um drone contra Israel.

Dentro de um mês, Benjamin Netanyahu deverá ser ouvido em seu julgamento por duas acusações de corrupção. Mas ele quer adiá-lo. O argumento, agora, é de que ele foi alvo de um míssil disparado contra sua casa, em Caesarea, ao norte de Tel Aviv, e que poderá ser alvo de novo no tribunal. Ele tem se reunido em locais protegidos. Outro dia, usou um ônibus blindado. Diz que deve permanecer em movimento constante para escapar de um atentado. Sua agenda talvez não seja mais divulgada.

Um dos assessores de Netanyahu já explicou ao jornal Haaretz porque a audiência no tribunal deve ser adiada: “O testemunho não pode ocorrer no início de dezembro, por duas razões — a guerra não permite que ele se prepare para seu testemunho, e a presença regular no Tribunal Distrital de Jerusalém neste momento coloca em risco sua vida e a vida de todos aqueles na sala.”

Nesta sexta-feira, 392º dia da guerra, a rotina dos mísseis do Líbano e dos bombardeios israelenses continua, à espera das eleições americanas. Os dois enviados da Casa Branca que chegaram a Israel na quarta-feira com esperanças de obter um cessar-fogo já voltaram a Washington horas depois. Uma informação vazada dá conta de que um cessar-fogo unilateral foi proposto ao primeiro-ministro libanês Najib Mikati. Mesmo com o Hezbollah enfraquecido e o governo do Líbano mais forte, a oferta foi rejeitada. A questão que precede a todos as decisões são estas: -O que fará Trump, se eleito? -E Kamala Harris?

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Denúncia: oásis saudita causou 21 mil mortes

Um documentário sobre o megaprojeto chamado “Visão Saudita 2030”, lançado em 2017 pelo príncipe herdeiro Mohammed bin Salman (MBS), denuncia que 21 mil operários da Índia, Bangladesh e Nepal já morreram em suas obras na província de Tabuk, no extremo norte do Mar Vermelho, seja por acidentes, ou pelas condições em que trabalham, pelo clima, ou pela repressão violenta a protestos.

Um executivo australiano que cuida da obra, Wayne Borg, xingou os operários do sul da Ásia de “idiotas de m….”, e acrescentou: “É por isso que os brancos estão no topo da hierarquia”.

O documentário, “Reino Descoberto: Por Dentro da Arábia Saudita”, produzido pela ITV, é baseado em fotos, vídeos e informações de uma jornalista que se infiltrou no sistema prisional saudita, constatou condições ilegais de trabalho e protestos de trabalhadores reprimidos com violência. Ao ser exibido, ganhou elogios da maioria dos jornais britânicos. O documentário passou pelos países da Ásia de onde vieram os operários da “Visão Saudita”, pela Europa e EUA.

A visão do príncipe MBS é a de criar algo como Davos, na Suíça, em pleno deserto. O nome dos empreendimentos que formam este oásis para bilionários, chefes de estado e influenciadores mundiais é NEOM. Muito dele já foi construído. A inauguração do conjunto deverá acontecer na Expo Mundial de 2030, marcada para Riad.

NEOM é quase do tamanho da Bélgica, com 26.500 quilômetros quadrados que eram habitados por tribos do deserto, deslocadas para permitir o projeto. Na capital da energia fóssil do mundo, tudo será movido por energia renovável – a nova “visão saudita”, quando o petróleo deixar de ser sua maior fonte de rende.

Há quatro dias, a Arábia Saudita inaugurou a luxuosa ilha de Sindalah, no Mar Vermelho, parte do edifício The Line, com 170 km no deserto, a partir do Golfo de Áqaba, onde poderão viver mais de 1 milhão de pessoas, segundo o príncipe MBS.

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Rolls-Royce comemora 60 anos de Goldfinger (Mas só James Bond pode resolver o mistério: quem é seu dono e quanto custou)

“O nome dele é Phantom, Rolls-Royce Phantom”, diria Bond, James Bond, que o dirigiu há 60 anos, no filme Goldfinger. Um novo Phantom foi feito, à imagem do Phantom III Sedanca de Ville 1937, que o supervilão Auric Goldfinger construiu com ouro maciço parta levá-lo da Inglaterra para a Suíça.

O novo Phantom não é de ouro, mas contém ouro. Há um taco de golfe dourado na tampa do porta-malas, uma referência ao primeiro encontro de Goldfinger com Bond, que era então o ator Sean Connery, num campo de golfe. As mesas de piquenique incluem um mapa da reserva de ouro de Fort Knox, com incrustações de ouro 22 quilates. Mas há mais.

O designer do atual Phantom, Nick Rhodes, escondeu ouro no carro como ovos de Páscoa. No Phantom do filme havia lingotes de ouro escondidos nas portas e dentro de sua carroceria. “Adoramos a ideia de ouro oculto, escondido à vista de todos, e desenvolvemos uma variedade de detalhes que incorporam ouro de 18 e 24 quilates”, disse Rhodes à CNN na quarta-feira. Há uma barra de ouro sólida de 18 quilates em forma do Phantom em miniatura, dentro de um cofre especialmente projetado. E uma estatueta de Spirit of Ecstasy banhada a ouro.

Os carros da Rolls-Royce apareceram em 11 filmes de James Bond. O mais famoso foi o Phantom, considerado “uma musa duradoura”. A nova versão levou três anos para ser criada. Foi construído a mão em Goodwwod, no sul da Inglaterra. O preço? Bem, melhor convocar James Bond para saber quem o comprou e quanto pagou.

*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião da BandNews TV*

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