Moises Rabinovici: Orações, explosões, tensão – 364 dias de guerra

Fonte: BandNews TV

Em um raro sermão em Teerã, o líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, defendeu a “Inundação Al-Aqsa”, nome dado à invasão do Hamas que matou 1.200 israelenses há 364 dias, transbordando para o Líbano, o Iêmen e o Irã.

Antes do sermão, durante a madrugada, os prédios em Beirute tremeram sob um pesado bombardeio israelense mirando o sucessor do líder morto Hassan Nasrallah, que seria o seu primo Hashem Safi al-Din, 64, não nomeado oficialmente para evitar o seu assassinato por Israel.

“Os ataques da Inundação Al-Aqsa que ocorreram nessa época, no ano passado, foram um movimento internacional lógico e legal, e os palestinos estavam certos”, disse o aiatolá Khamenei em seu sermão. Ele ainda voltou a alertar que o Irã vai vingar o ataque prometido por Israel pelos 181 mísseis balísticos de que foi alvo esta semana.

Não há informações sobre se Hashem Safi al-Din estava no bunker em que o Hezbollah se reuniu em Dahiya, o bairro xiita ao sul de Beirute, que Israel voltou a atacar nesta sexta-feira. Ele é casado com a filha de um general iraniano e religioso devoto que usa o turbante preto dos descendentes do profeta Maomé. Como Nasrallah, ele estudou num seminário na cidade sagrada de Qum, no Irã, e está na lista de terroristas dos Estados Unidos.

Os bombardeios israelenses estão provocando o êxodo de libaneses e estrangeiros do Líbano. Para a Síria já fugiram 235 mil pessoas em duas semanas, dois terços deles de sírios que escaparam da guerra civil em seu próprio país. De vários países pousam aviões fretados para retirar seus cidadãos. Em Beirute há cerca de um milhão de deslocados vindos do sul do Líbano ou de bairros ao sul da capital, onde residentes recebem ordens para se retirar antes de bombardeios. A Cruz Vermelha pede doação de sangue à população. Até ontem, o Ministério da Saúde libanês informava que o número de mortos tinha alcançado 1974, entre eles 127 crianças.

As forças israelenses que invadiram o sul do Líbano para criar uma zona tampão até o rio Litani estão explodindo arsenais e túneis, mas enfrentando forte resistência do Hezbollah, que continua disparando mísseis contra as cidades do norte de Israel. Duas novas divisões de soldados foram convocadas para reforço.

Paira no ar o suspense sobre a retaliação israelense ao Irã. O presidente Joe Biden disse que não concordava com que as usinas nucleares iranianas fossem os alvos de ataques, mas nada teria contra quanto as instalações petrolíferas. Resultado: o preço do petróleo brent, referência internacional, subiu imediatamente cerca de 10% para quase 79 dólares o barril. As imagens das agências de notícias mostram filas de carros em postos de gasolina em Teerã. O temor é o de que sequem se Israel atacar.

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Jornais do Oriente Médio desta sexta-feira (os israelenses não circularam por ser feriado de ano novo judaico)

Círculo vicioso no Oriente Médio

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Ele é chanceler ou pode sair?

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Brota um mistério de semente de mil anos

Uma semente de mil anos, encontrada numa caverna no deserto da Judéia, foi embebida em hormônios e fertilizantes, depois plantada, então cresceu três metros, tornou-se árvore, mas não deu flores nem frutos.

Mistério: seria um bálsamo curativo mencionado na Bíblia, o Bálsamo da Judéia? Seria a resina de um perfume cobiçado na época, o Bálsamo de Gileade?

“Plantamos a semente em 2010 e agora estamos em 2024. Por que esperamos tanto (para publicar a pesquisa)? Porque eu queria ter certeza de que não era o Bálsamo da Judéia, sentindo o cheiro”, disse Sarah Sallon, fundadora do Centro de Pesquisa Natural Louis L. Borick, em Jerusalém.
A semente estava em perfeitas condições ao ser extraída numa escavação arqueológica em Wadi el-Makkuk, ao norte de Jerusalém. Mas a partir dela não se identificou nenhum tipo de árvore. A cientista Sallon a chamou de “Sheba”. E ela foi plantada pela pesquisadora Elaine Solowey, do Centro de Agricultura Sustentável do Instituto Aravá de Estudos Ambientais em Israel, seguindo um processo de pesquisas anteriores com sementes de dois mil anos de tamareiras. Em cinco semanas e meia, a semente brotou. As primeiras folhas, submetidas a radiocarbono para datação, revelaram uma idade entre 993 e 1202.

As folhas, com a foto da planta em crescimento, foram enviadas a botânicos em todo o mundo. Um deles, Andrea Weeks, da Universidade George Mason, em Fairfax, Virgínia, usou-as para sequenciar seu DNA. A planta não correspondia a nenhuma das espécies conhecidas. Com sua impressão genética única, ela podia ser um táxon extinto que já foi nativo da região da Judéia. Sem flor, nem frutos, que ajudariam na identificação, resta o mistério.

O estudo da Sheba foi publicado na revista Communications Biology, em 10 de setembro, e se tornou notícia na rede CNN internacional nesta semana. Com base em toda a investigação feita, Sarah Sallon diz que “não é o balsamo da Judéia, mas, sim, um primo próximo dele e um dos Commiphora não aromáticos que é um tesouro de compostos medicinais.

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Irã atirou R$ 1 bi contra Israel. E Israel se defendeu com R$ 2,5 bi.

O Irã gastou 200 milhões de dólares (cerca de 1 bilhão de reais) para atacar Israel com 181 mísseis balísticos. A defesa de Israel custou mais que o dobro, 450 milhões de dólares (ou cerca de 2,5 bilhões de reais). Conclusão do jornal Jerusalem Post: é mais caro se defender do que atacar.

Israel está desenvolvendo um sistema de defesa aérea a laser que vai custar apenas alguns dólares, ou só o que gastar de energia elétrica. Ele deverá entrar em operação em 2025.

Cada míssil balístico do Irã com alcance de 2 mil quilômetros custou, pelo menos, 1 milhão de dólares. E para o ataque a Israel foram disparados os modelos mais avançados, como Emad, Kheibar e o hipersônico Fattah-1, que voa cinco vezes a velocidade do som.
O sistema completo Iron Dome sai por 100 milhões de dólares. Vem com radar, computador e quatro lançadores, cada um com 20 interceptadores. Quando um deles sobe para perseguir um míssil, são 60 mil dólares.

O sistema israelense Arrow-2, capaz de perseguir um alvo até na atmosfera, está avaliado em 3 milhões de dólares, e o Arrow-3, que cobre todo o espaço israelense, 2 milhões de dólares.

Dos 14,1 bilhões de dólares da ajuda americana aprovada para Israel, 4 bilhões de dólares serão usados para reabastecer o estoque de interceptadores usados contra mísseis e drones do Irã, Hezbollah, Hamas e Houthis.

Sistema Arrow

Míssil Fatah, hipersônico, iraniano

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião da BandNews TV

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