A Anvisa está avaliando incluir os medicamentos análogos ao GLP-1, como Ozempic e Wegovy, usados no tratamento de diabetes tipo 2 e obesidade, na mesma categoria dos antibióticos, ou seja, com retenção de receita nas farmácias. Hoje, esses remédios são classificados como tarja vermelha – o que exige prescrição médica, mas são comprados facilmente sem receita, levando a um uso indiscriminado e com potenciais riscos à saúde.
Ao todo, 11 medicamentos dessa classe estão registrados pela agência regulatória, sendo três para obesidade e oito para diabetes. A proposta da Anvisa, que deve ser avaliada no início do próximo ano, é que eles continuem com tarja vermelha, mas com cópia da receita retida na farmácia, com validade de 90 dias.
Segundo o Bruno Halpern, presidente da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO), os principais riscos associados ao uso inadequado de medicamentos análogos ao GLP-1 são efeitos colaterais que incluem náuseas, vômitos, diarreia e, em casos mais graves, a pancreatite, uma inflamação do pâncreas que pode ser fatal.
“São medicamentos de uso a longo prazo. Garantir receitas de tempo mais longo também é uma forma de garantir que os pacientes, a longo prazo, não precisem ir ao médico todo tempo”, diz.
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