Um homem foi preso em Moscou nesta quarta-feira (18) por suspeita de envolvimento no atentado que matou o general Igor Kirilov, chefe das Forças de Defesa Nuclear, Biológica e Química da Rússia, no dia 17 de dezembro. O Comitê de Investigação russo confirmou e as informações foram confirmadas pela agência de notícias Reuters.
O suspeito, natural do Uzbequistão, confessou ter colocado uma bomba em uma scooter perto do edifício de Kirilov, detonada à distância, matando o general e um assessor. Ele afirmou ter sido recrutado pelos serviços de inteligência ucranianos e recebeu uma promessa de US$ 100 mil pela ação.
O suspeito alegou que os organizadores do ataque, baseados em Dnipro, na Ucrânia, monitoraram Kirilov com uma câmera de vigilância em um carro e detonaram a bomba quando ele saiu do prédio. A Rússia está investigando outros possíveis envolvidos, mas a detenção de outro suspeito ainda não foi confirmada.
Este foi o primeiro atentado contra uma autoridade russa desde o início da guerra em 2022. O Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) confirmou seu envolvimento no ataque, embora o governo ucraniano não tenha se pronunciado. Kirilov, acusado pela Ucrânia de usar armas químicas durante a invasão russa, já havia sido sancionado por vários países.