O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, disse que o posicionamento das empresas brasileiras de boicotar o Carrefour foi fundamental para a mudança de posicionamento do CEO Global da varejista.
Mais cedo, Alexandre Bompard escreveu uma carta de retratação ao governo brasileiro se desculpando pelas falas e boicote da rede francesa sobre a carne brasileira.
“É um episódio que marcou um posicionamento muito altivo das empresas brasileiras. (…) O Brasil tem muita responsabilidade com os produtos que produz, e os nossos empresários o fazem com muita dedicação e qualidade. Somos líderes mundiais no fornecimento de carne bovina, suína, aves, arroz, feijão, soja, cana de açúcar, suco de laranja, algodão. Fruto de uma competência da nossa indústria. Estamos abertos sempre a dialogar com transparência, rastreabilidade. Estamos sempre abertos à participar de Fóruns”, afirmou.
“O Brasil tem compromisso e está aberto ao diálogo. Mas em hipótese nenhuma vamos aceitar que alguém venha falar da qualidade dos nossos produtos, deturpar o que fazemos com excelência. Foi uma resposta à altura, dada com eficiência. E marca um momento: quem quiser ofender a qualidade dos produtos brasileiros terá resposta a altura como o Carrefour francês tomou”.
Na última segunda-feira (25), o CEO disse que o Carrefour não venderia mais a carne produzida pelo Mercosul nos mercados franceses. A ação ocorreu em apoio aos ruralistas franceses, que são contra o acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia.
Em resposta, grandes frigoríficos interromperam o envio de produtos para as lojas Carrefour aqui no Brasil. Com a retratação, as entregas devem ser retomadas.