A União Europeia aprovou o 18º pacote de sanções à Rússia pela guerra na Ucrânia, nesta sexta-feira (18). O novo acordo prevê uma redução no preço máximo do petróleo russo que pode ser exportado, mais sanções contra empresas financeiras, além da remoção de Moscou da lista de pagamento internacional.
Outra determinação adotada pelo bloco é uma maior regulação da “frota fantasma” russa, que opera com navios sem a bandeira do país para atracar em portos europeus. Com a medida, mais de 400 embarcações terão suas operações vetadas no território de países membros da União Europeia.
O novo pacote chega em um momento em que os Estados Unidos também colocam pressão contra o governo russo por um acordo de cessar-fogo com Kiev. O presidente norte-americano, Donald Trump, enviou um ultimato para Vladimir Putin avisando que haverá tarifas de 100% e secundárias caso a Rússia não acabe aderindo.
Por outro lado, o Kremlin não demonstrou se intimidar com as sanções e a ameaça de tarifas dos Estados Unidos. A diplomacia russa deixou claro que futuras negociações acontecerão apenas sob os termos impostos por Moscou. Além disso, a Rússia mostrou uma evolução em sua economia, mesmo com os pacotes anteriores da União Europeia, abaixando o preço de produtos e diversificando compradores.
Entre as principais alternativas encontradas pelo governo de Vladimir Putin estão a redução nos valores do petróleo, diesel e gás natural, o que atraiu a atenção de países como Índia, China, e até mesmo o Brasil. Caso as tarifas secundárias entrem em vigor a economia dos países que fazem negócios com a Rússia podem ser afetadas.
Embora os pacotes de sanções anteriores não tenham exibido os resultados esperados de sufocar a economia russa, a União Europeia envia uma mensagem demonstrando ao mundo que mantém o apoio à Ucrânia.
A guerra no Leste Europeu se encaminha para o 4º ano, e sem uma perspectiva de fim. Nos últimos dias, as forças russas conquistaram vitórias importantes com a tomada de territórios e a sobrecarga do sistema de defesa ucraniano utilizando números recordes de mísseis e drones contra o governo de Kiev