O governo de Donald Trump anunciou nesta quinta-feira (22) que proibiu a Universidade de Harvard de aceitar estudantes estrangeiros. A medida, segundo o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos, entra em vigor no ano letivo de 2025 a 2026 e atinge tanto novos candidatos quanto os alunos já matriculados, que precisarão ser transferidos para outras instituições. A decisão marca mais um capítulo no embate entre a universidade e o atual governo dos EUA.
A proibição foi justificada como uma retaliação à conduta considerada “pró-terrorismo” de Harvard, que teria se recusado a seguir normas impostas por Washington. Entre as exigências descumpridas, estariam mudanças nas políticas de igualdade e reformas administrativas. O governo afirmou que a aceitação de estudantes estrangeiros é um privilégio, e não um direito das universidades. A certificação do Programa de Estudantes e Visitantes de Intercâmbio foi revogada, impedindo a permanência de estudantes com vistos F e J.
Harvard, que atualmente tem quase 7.000 estudantes estrangeiros — cerca de 27% do total —, declarou que considera a medida ilegal e reforçou seu compromisso com a diversidade acadêmica. A universidade já havia acionado a Justiça após sofrer congelamento de mais de US\$ 2 bilhões em verbas federais por não acatar exigências do governo Trump. O presidente da instituição, Alan Garber, afirmou que nenhum governo deve determinar quem as universidades podem admitir, empregar ou o que podem ensinar.