O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nessa quinta-feira (11) que pode mandar um enviado especial para a Europa para marcar uma reunião com o líder da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.
Uma cúpula entre autoridades europeias, incluindo ucranianas, está marcada para este sábado (13) em Paris, na França. O encontro busca discutir a sequência das negociações para um acordo de cessar-fogo no Leste Europeu.
No entanto, a participação de Zelensky no evento ainda não é certa. Por sua vez, Trump descartou ir até Paris e a principal possibilidade é que um aliado de segundo escalão seja enviado à capital francesa.
Além disso, o presidente ucraniano disse que os Estados Unidos não realizaram um novo ultimato para que Kiev aceite o plano de paz elaborado pela Casa Branca. Na época, Trump ameaçou cortar todo o apoio para a Ucrânia caso não recebesse uma resposta positiva.
Entretanto, o governo norte-americano exige um total consenso entre Washington, Kiev e Moscou até o Natal. Apesar da pressão, a comunidade internacional encara o cenário como “pouco provável”.
Nessa quinta-feira (11), a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que Donald está “extremamente frustrado” com ambos os lados pela falta de progresso nas negociações de paz.
A proposta de cessar-fogo oferecida pelos Estados Unidos recebeu ampla rejeição da Europa e da Ucrânia por ser considerada “totalmente parcial” aos interesses da Rússia. O plano original possuía 28 pontos, mas foi reduzido para 20, segundo Zelensky.
Entre os principais pontos de discordância então a entrega de territórios e da Usina Nuclear de Zaporizhzhia. O tratado também prevê a redução do exército ucraniano e a não adesão de Kiev a Otan, uma das principais justificativas usadas pela Rússia para o início da guerra.
