O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou nesta segunda-feira (6) que conversou por telefona com o presidente Lula. Ele classificou o diálogo como “muito bom” e afirmou que um encontro presencial deve ocorrer “em um futuro não muito distante”, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.
Em publicação no Truth Social, Trump informou que a conversa se concentrou em temas econômicos e comerciais. “Nesta manhã, tive uma ótima conversa com o presidente Lula. Discutimos muitos assuntos, especialmente a economia e o comércio entre nossos países. Gostei da ligação — acredito que Estados Unidos e Brasil irão muito bem juntos”, escreveu o republicano.

Segundo o Palácio do Planalto, a videoconferência durou cerca de 30 minutos e partiu de um telefonema feito por Trump. Ainda segundo o governo brasileiro, Lula pediu ao presidente americano que reavalie o tarifaço e as sanções impostas a autoridades brasileiras. Essas medidas foram aplicadas durante a gestão Trump, em resposta ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal.
Trump não mencionou o pedido de Lula em sua postagem. No entanto, disse que ambos “discutiram muitos temas de interesse mútuo”. A ausência de detalhes sobre o assunto reforça que os dois líderes preferiram adotar um tom diplomático na comunicação pública.
Contexto
A ligação aconteceu após um anúncio inesperado de Trump durante seu discurso na Assembleia Geral da ONU. Na ocasião, o republicano afirmou que havia combinado com Lula uma conversa telefônica, depois de um breve encontro entre os dois nos bastidores do evento.
Além disso, o Planalto destacou que Lula sugeriu possíveis locais para um encontro presencial. Entre as opções, estão a Cúpula da ASEAN, na Malásia, e a Conferência do Clima da ONU (COP30), em Belém (PA), em 2025. O presidente brasileiro também se mostrou disposto a viajar aos Estados Unidos.
Até o momento, nem a Casa Branca, nem o governo brasileiro confirmaram data ou local para o encontro. Por outro lado, a porta-voz de Trump, Karoline Leavitt, declarou nesta tarde que o presidente americano deve receber nesta semana somente os líderes do Canadá e da Finlândia, sem mencionar Lula.
Laura Basílio sob supervisão de Thiago San.