Nesta quarta-feira (21), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, constrangeu o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, durante um encontro oficial na Casa Branca.
Durante a reunião, Trump alegou a existência de um suposto “genocídio branco” no país africano, atribuído à política de reforma agrária adotada pelo governo sul-africano, cujo objetivo é reparar as injustiças do apartheid.
Nos últimos meses, Trump tem criticado abertamente a reforma agrária da África do Sul, acusando o governo de confiscar terras de fazendeiros brancos e incentivar a violência contra eles. O clima do encontro começou tranquilo, mas se deteriorou quando o presidente americano pediu que sua equipe exibisse vídeos que, segundo ele, seriam provas do suposto genocídio, incluindo imagens de túmulos de fazendeiros brancos.
Em seu governo, Trump expulsou o embaixador sul-africano dos Estados Unidos e ofereceu refúgio à minoria branca africâner. No dia 12 de maio, um grupo de 59 sul-africanos brancos chegou ao país com situação de refugiados, alegando perseguição racial, uma acusação que o governo sul-africano nega.
Os Estados Unidos são o segundo maior parceiro comercial da África do Sul, atrás apenas da China. As recentes tensões diplomáticas se intensificaram com o fechamento da USAID (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional) no país, o que afetou diretamente programas de saúde no país africano, incluindo os destinados ao tratamento de pacientes com HIV.