O Reino Unido planeja libertar prisioneiros antes do cumprimento total da pena para reduzir a superlotação carcerária. A proposta prevê que detentos que tenham cumprido ao menos um terço da sentença e que demonstrem bom comportamento sejam parcialmente reintegrados à sociedade.
As autoridades britânicas continuariam monitorando os libertados por meio de tornozeleira eletrônica. Estima-se que que o Reino Unido possua cerca de 88 mil prisioneiros, um número próximo aos 89 mil que as instalações do país podem acomodar.
O projeto enfrenta forte resistência do partido de oposição, já que muitos dos presos foram detidos por crimes sérios, como estupro e agressão sexual. A sigla pontua que a proposta estaria colocando os criminosos à frente da sociedade.
Por outro lado, o governo rebateu dizendo ter herdado um modelo colapsado deixado pelo partido conservador, que ficou no poder por 12 anos e não realizou grandes investimentos no sistema carcerário. Além disso, o país vive uma grave crise financeira que impede a construção de novas estruturas, como escolas, hospitais e presídios.
Membros da governança também sugeriram o envio de detentos para outros países, seguindo um exemplo parecido ao adotado pelos Estados Unidos com El Salvador.
