Na noite desta segunda-feira (17), o ministro do STF, Alexandre de Moraes, liberou as denúncias relativas ao núcleo 3 do inquérito sobre golpe de estado, que teria se instalado sob a liderança do ex-presidente Jair Bolsonaro, no fim de seu governo.
Nomeado de núcleo 3, o grupo é composto por 12 acusados, que se destacam na campanha pública deliberada para pressionar o Alto Comando das Forças Armadas a aderir ao golpe de estado, conforme denúncia da PGR. A data do julgamento deste núcleo poderá ser marcada a qualquer momento pelo ministro Cristiano Zanin, presidente e responsável por organizar a agenda da Primeira Turma.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, dividiu o inquérito em quatro núcleos, após denunciar 34 pessoas pela tentativa de golpe, e pela abolição do Estado Democrático de Direito. Bolsonaro e mais 7 aliados são pertencentes ao “núcleo crucial”.
Luís Roberto Barroso, presidente do STF, marcou na noite desta segunda-feira (17), uma sessão extra para julgar recursos de Bolsonaro e Braga Netto pertencentes ao mesmo núcleo. A Defesa dos denunciados enviou pedidos para que o Supremo declare Cristiano Zanin, Flávio Dino e Alexandre de Moraes impedidos de julgar o caso. Os advogados pedem ainda que o julgamento seja em plenário, os pedidos já foram negados, mas a defesa recorreu.
O pedido de recurso foi enviado à PGR, que apontou que as solicitações são improcedentes. Segundo o procurador-geral da República, Paulo Gonet, os advogados não conseguiram apontar elementos comprometedores da imparcialidade de Dino e Zanin.