Sindicato anuncia greve de ônibus em São Paulo

Motoristas alegam atraso de pagamento do 13º
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil/Reprodução

O Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus anunciou, nesta terça-feira (09) uma greve após o não pagamento do 13º salário e vale-refeição.

Segundo o líder sindical, havia um acordo prévio firmado em uma reunião com a Secretaria de Transportes. O combinado era que o pagamento da primeira parcela do 13º, que já estava atrasada, seria realizado juntamente com a segunda parcela na sexta-feira (12).

No entanto, por volta das 13h desta segunda-feira (08), o sindicato recebeu um ofício assinado pelas empresas de ônibus solicitando um novo prazo para o pagamento, sem estipular uma data concreta. A justificativa apresentada pelas viações envolveria questões contratuais e de repasses financeiros junto à Prefeitura de São Paulo.

A notícia do adiamento indefinido gerou indignação imediata.

“A revolta dos trabalhadores por volta das 15h foi muito grande quando a diretoria comunicou que as empresas pediram mais prazo”, afirmou Valdemir dos Santos, presidente do sindicato.

Segundo o presidente, os motoristas e cobradores perderam a confiança nas promessas das empresas, visto que o prazo do dia 12 já era uma renegociação de um atraso anterior.

“O trabalhador não aceitou. Eles falaram que não confiam mais, porque já pediram um prazo para uma data e agora pedem outro. Final de ano o trabalhador necessita dessa situação do 13º para passar o Natal com a família”, completou.

Em nota, o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano (SPUrbanuss) afirmou que as empresas “não estão poupando esforços para honrar suas obrigações trabalhistas”, e que solicitaram um novo prazo para o pagamento do 13º “em conformidade com o que a legislação estabelece”.

A entidade também declarou que mantém diálogo com a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e Transporte para finalizar a revisão dos contratos e recompor o equilíbrio econômico-financeiro do sistema, com o objetivo de evitar paralisações que prejudiquem a população.

Já a CET informou que, até o momento, o rodízio municipal de veículos está mantido na capital paulista, mesmo diante da greve anunciada pelos motoristas e cobradores.

Giulia Dardé sob supervisão de Leticia Souza. 

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