O Senado dos Estados Unidos aprovou nesta terça-feira (1) o projeto de lei proposto pelo presidente Donald Trump, que amplia cortes de impostos e reduz investimentos em programas sociais.
A votação terminou com o placar de 50 a 50, e foi decidida pelo voto de desempate do vice-presidente JD Vance, que preside a Casa.
O debate no Senado durou mais de 26 horas. A proposta, chamada pela Casa Branca de “Lei Grande e Bonita”, que tem mais de 900 páginas, prevê a manutenção de benefícios fiscais de 2017 para empresas e pessoas físicas, além de criar novas isenções para gorjetas, horas extras e idosos.
Segundo estimativas do Escritório de Orçamento do Congresso (CBO), o projeto pode aumentar a dívida pública dos Estados Unidos em mais de US$ 3,3 trilhões nos próximos anos. A dívida atual do país está acima de US$ 36 trilhões.
Além das isenções fiscais, o texto direciona recursos para reforçar a segurança nas fronteiras e ampliar os gastos com defesa. Em contrapartida, prevê cortes em programas como o Medicaid (sistema público de saúde) e o auxílio-alimentação.
Medida ainda será votada na Câmara
O projeto agora segue para análise da Câmara dos Representantes, onde os republicanos também têm maioria. Trump quer sancionar a proposta até o dia 4 de julho, feriado do Dia da Independência dos EUA.
Apesar da maioria do Senado e na Câmara ser republicana, há divergências internas. Alguns parlamentares solicitam cortes ainda maiores, enquanto outros criticam a redução de verbas para áreas como saúde e serviços em regiões de baixa renda.
Dos 53 senadores republicanos, somente três votaram contra a proposta, enquanto todos os 47 senadores democratas se posicionaram contra.
Na Câmara, a aprovação deve ser apertada. Grupos mais conservadores pressionam por ajustes no texto e parlamentares moderados demonstram preocupação com os efeitos do pacote em seus estados.
Laura Basílio sob supervisão de Thiago San.