“Se tivermos que fazer do jeito difícil, tudo bem”, comentou Trump sobre Maduro

Líder venezuelano prometeu desafiar qualquer tentativa dos EUA de derrubar seu governo
Reprodução: BandNews TV

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nessa terça-feira (25) que se precisar resolver os conflitos com a Venezuela do “jeito difícil”, os EUA vão fazer. O chefe da Casa Branca disse estar aberto a conversar com o ditador venezuelano, Nicolás Maduro, sinalizando uma possível abertura diplomática entre os dois governos.

“Se pudermos salvar vidas, se pudermos resolver as coisas do jeito fácil, seria bom. E se tivermos que fazer isso do jeito difícil, tudo bem, também”, comentou Trump a bordo do Air Force One, enquanto viajava para sua residência particular na Flórida para o Dia de Ação de Graças.

A tensão entre as duas nações se intensificou nos últimos meses depois dos recentes bombardeios norte-americanos contra embarcações supostamente ligadas ao narcotráfico no Mar do Caribe e no Oceano Pacífico. Os ataques começaram no início do último mês de setembro e já deixaram cerca de 80 pessoas mortas. Além disso, o governo de Washington intensificou sua presença militar em águas próximas à costa venezuelana.

Após ser perguntado sobre os objetivos dos EUA contra a Venezuela, o republicano completou.

“Eles foram, quer dizer, provavelmente os maiores abusadores com o Tren de Aragua e todos os outros que enviaram, os traficantes, os chefões do narcotráfico, as pessoas que eles mandaram, os presidiários. Eles abriram suas cadeias e prisões e os despejaram nos Estados Unidos. E não estamos nada contentes com isso”.

Resposta de Maduro e condenação internacional

Por outro lado, Maduro prometeu desafiar qualquer tentativa dos EUA de derrubar seu governo. O líder chavista disse durante um evento em Caracas que “o fracasso não é uma opção”. Ele realizou o discurso enquanto empunhava uma espada.

As ações militares de Trump também foram condenadas pelo regime de Cuba, um dos principais aliados do governo venezuelano. O país definiu a postura como “exagerada e agressiva”.

O ministro das Relações Exteriores cubano, Bruno Rodríguez, afirmou que depor Nicolás Maduro seria extremamente perigoso e irresponsável, e completou: “Apelamos ao povo dos Estados Unidos para que pare com essa loucura. O governo americano pode causar um número incalculável de mortes e criar um cenário de violência e instabilidade no hemisfério que seria inimaginável.”

Informações apuradas pela imprensa internacional apontam que os EUA planejam uma nova fase de operações relacionadas à Venezuela nos próximos dias.

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