O ex-deputado federal Roberto Jefferson começou a cumprir prisão domiciliar em sua casa, em Comendador Levy Gasparian (RJ). A medida foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), por razões de saúde.
Jefferson deixou o Hospital Samaritano Botafogo, na zona sul do Rio, no domingo (11) onde estava internado desde agosto de 2023. Segundo Moraes, a decisão leva em conta o quadro clínico do ex-parlamentar, que tem 71 anos e apresenta uma série de doenças crônicas, incluindo histórico de câncer, crises convulsivas e infecções recorrentes.
A prisão domiciliar foi concedida com uma série de restrições. Jefferson está proibido de sair de casa sem autorização da Justiça, deve usar tornozeleira eletrônica, não pode acessar redes sociais, nem dar entrevistas, exceto se tiver permissão judicial. O passaporte também foi suspenso.
O advogado João Pedro Barreto, que defende o ex-deputado, disse em nota que a medida reconhece a “condição delicada de saúde” do cliente e a dificuldade de seguir com o tratamento no sistema prisional.
Preso inicialmente em 2021, após ataques ao STF, Jefferson teve a prisão domiciliar revogada em outubro de 2022 por violar medidas judiciais. Na ocasião, ele reagiu à ordem de prisão com tiros de fuzil e granadas contra policiais federais. Acabou se rendendo no mesmo dia e foi levado ao presídio de Benfica, na zona norte do Rio.
Em dezembro de 2023, foi condenado pelo Supremo a nove anos e seis meses de prisão por incitação ao crime, homofobia, calúnia e por atentar contra o funcionamento dos Poderes. A defesa ainda tenta reverter a sentença.
Além desse processo, Jefferson já havia sido condenado no escândalo do mensalão, em 2012. Em 2022, tentou concorrer à Presidência da República, mas teve a candidatura barrada pelo TSE. Foi substituído por Padre Kelmon, do mesmo partido.
Laura Basílio sob supervisão de Denise Bonfim.