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Protestos de moradores na Favela do Moinho paralisam linhas da CPTM

Manifestantes são contra a iniciativa do governo estadual em acabar com a comunidade

Moradores da Favela do Moinho, no Centro de São Paulo, protestaram nesta segunda-feira (12) contra as demolições feitas pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU).

As manifestações afetaram a circulação principalmente dos trens das linhas 7-Rubi e 8-Diamante, localizadas ao lado do local. Os manifestantes colocaram fogo em objetos na linha do trem, que cruza a comunidade. A paralisação durou por mais de 1 hora, mas logo as operações foram normalizadas.

Entenda o caso

A área, que pertence ao governo federal e está sendo negociada com a gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) para a criação de um parque, acomoda cerca de 900 famílias. Até o momento, 168 foram removidas, mas segundo a CDHU, 80% aceitaram sair da comunidade.

Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação, as seis casas derrubadas na segunda-feira,  representavam “risco pela estrutura precária”, e já haviam sido lacradas pela Prefeitura devido. A pasta cita também que a ação foi realizada conjuntamente pela CDHU, pela Subprefeitura Sé e pela Defesa Civil.

Uma investigação realizada pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP), revela que as manifestações podem ter sido causadas pelo crime organizado.

A Secretaria do Patrimônio da União (SPU), informou que o terreno só passará para administração da gestão de Tarcísio quando todas as famílias já estiverem em uma nova residência. Os moradores que já saíram do local estão recebendo auxílio mudança, e auxílio moradia. Eles também podem escolher onde morar, seja na capital de São Paulo ou em outro município, mas precisa ser no território paulista.

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