Em resposta ao aumento de casos de intoxicação por Metanol, o presidente da Câmara Hugo Motta afirmou que vai votar “o quanto antes” um projeto que aumente a pena para a falsificação de bebidas. Motta também disse que um relator será indicado até o final de semana.
Entre 2020 e 2024, o número de fábricas clandestinas interditadas por autoridades subiu de 12 para 80 no Brasil. 185 mil garrafas de bebidas alcoólicas adulteradas foram apreendidas entre janeiro e agosto de 2024, de acordo com o “Anuário da falsificação”, publicado pela Associação antes de a crise do metanol.
Na média desse dado, ocorreu uma apreensão a cada quase dois minutos. As entidades do setor calculam que 36% do total de destilados comercializados no Brasil são falsificados. A falta de fiscalização no descarte de garrafas facilita a falsificação e bebidas com metanol e especialistas apontam que criminosos conseguem as embalagens originais comprando de funcionários de estabelecimentos e até mesmo catadores.
A Polícia Federal (PF) realiza operações contra fábricas de bebidas falsificadas nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina. Os agentes recolheram amostras de produtos adulterados produzidos e armazenados e o material será encaminhado para análise químico-sanitária.