O governo da Espanha decretou estado de emergência nesta segunda-feira (28) após o apagão que deixou grande parte da Península Ibérica sem energia elétrica. A medida serve para reforçar a segurança pública e garantir o funcionamento dos serviços essenciais nas regiões mais afetadas, como Madri, Andaluzia e Extremadura.
Até as 15h (horário de Brasília), apenas 20% da rede elétrica espanhola havia sido reativada. Em pronunciamento, o primeiro-ministro Pedro Sánchez afirmou que ainda não havia uma causa confirmada para a falha e pediu que a população evitasse deslocamentos e buscasse informações apenas pelos canais oficiais.
Portugal e Espanha começaram a recuperar pouco a pouco o fornecimento de energia depois do apagão que deixou os dois países às escuras. Em Portugal, a situação evoluiu de forma mais rápida, com quase 100% da rede normalizada em cerca de 12 horas. Já na Espanha, a recuperação segue lentamente, com o governo mantendo o estado de emergência em parte das províncias.
A hipótese de ciberataque ou sabotagem foi descartada pelas autoridades europeias. Segundo as operadoras de energia, o apagão foi provocado por oscilações na rede elétrica. O calor extremo no interior da Espanha causou problemas nas linhas de alta tensão, resultando em um fenômeno conhecido como vibração atmosférica induzida, que comprometeu a estabilidade do sistema.
A Comissão Europeia monitora a situação de perto, e equipes técnicas da França, da Espanha e de Portugal trabalham para restabelecer totalmente o fornecimento de energia. Até o momento, cerca de metade da rede elétrica espanhola já foi normalizada, mas ainda há áreas no escuro.
O apagão provocou transtornos nos transportes, comunicações e serviços públicos. Hospitais, aeroportos e sistemas de trânsito operaram com geradores de emergência para manter parte dos serviços essenciais em funcionamento. Em Portugal, embora a maior parte da rede já tenha sido restabelecida, autoridades alertam que a completa estabilização do serviço pode levar até uma semana em algumas regiões.
