A polícia da França prendeu outros cinco suspeitos de envolvimento no roubo milionário de joias da galeria Apollo do Museu do Louvre, em Paris. As informações foram divulgadas nesta quinta-feira (30) pelo procurador da capital francesa, que expressou esperança de que os itens furtados sejam recuperados.
Segundo a procuradora Laure Beccuau à rádio RTL, as prisões aconteceram em operações coordenadas nessa quarta-feira (29) em Paris e nos subúrbios norte da cidade. Um dos suspeitos foi identificado por meio de vestígios de DNA encontrados na cena do crime. Ainda não é claro se todos os detidos tiveram envolvimento direto com o roubo.
Ainda de acordo com Beccuau, a investigação obteve progresso depois que telefones e outros objetos foram encontrados com os suspeitos. As apreensões dos itens permitiram que a polícia estudasse as comunicações criptografas utilizadas pelos criminosos durante a invasão.
Relembre o caso
Quatro ladrões encapuzados invadiram a sala Apollo do Louvre e roubaram joias da era napoleônica na manhã do último dia 19. A ação aconteceu durante o horário de funcionamento do museu e expos uma série de falhas nos protocolos de segurança de um dos pontos turísticos mais visitados de Paris. O roubo causou reflexões e é considerado por muitos como uma humilhação nacional.
As câmeras de segurança não detectaram os criminosos rápido o suficiente para impedir o roubo, que durou cerca de sete minutos. As falhas forçaram o museu a transferir algumas se suas joias mais preciosas para o Banco da França, sob escolta secreta.
Os itens roubados ainda não foram localizados e as autoridades temem que os bens sejam dispersados e vendidos para pessoas de fora da França. Beccuau afirmou que uma unidade especializada da polícia está vasculhando o mercado negro para tentar localizar as peças, que também poderiam ser utilizadas para lavagem de dinheiro ou moeda de troca em círculos do crime organizado.
Pouco antes das novas prisões, a procuradora disse que outros dois homens detidos no último final de semana “admitiram parcialmente” seu envolvimento no assalto. Um deles é um argelino de 39 anos que vivia na França desde 2010, que foi detido enquanto tentava embarcar para seu país de origem. O outro é um suspeito de 39 anos que já estava sob supervisão judicial por um caso de roubo qualificado.