A Polícia Civil de São Paulo abriu um inquérito para investigar a denúncia de uma jovem de 20 anos contra dois policiais militares, acusados de estupro em Diadema, no ABC Paulista.
O caso ocorreu na noite de domingo (2), quando a mãe de Yasmin, acionou o 190 relatando que a filha estava enviando vídeos e áudios do interior de uma viatura, alegando ter sido abusada. A mãe encaminhou os vídeos às autoridades, e os policiais foram identificados como cabo James e soldado Léo, do 24° BPM/M.
Segundo informações da Polícia Militar , Yasmin estava perdida na Avenida Antônio Piranga, em Diadema, e pediu ajuda para voltar para casa, afirmando não conhecer ninguém na região. De acordo com a Polícia Militar, os agentes a levaram até o Terminal Piraporinha e a orientaram sobre qual linha de trólebus pegar. No entanto, a jovem teria se recusado a utilizar o transporte público e ameaçado os policiais, dizendo que, se não a levassem até sua casa, diria que havia sido estuprada.
Diante da situação, os PMs colocaram Yasmin novamente na viatura e seguiram o trajeto indicado pelo motorista do trólebus. Durante o percurso, ela foi questionada sobre seu endereço, mas, segundo o cabo James, forneceu informações desencontradas e estava bastante alterada. O policial também afirmou que a jovem chegou a agredir um dos agentes com tapas na cabeça. Sem conseguir confirmar o destino, os policiais deixaram Yasmin na Rodovia Anchieta, sentido Sacomã, em um ponto de ônibus. Ela permaneceu desaparecida por algumas horas e foi encontrada na UPA Liberdade.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que os agentes foram presos em flagrante por abandono de posto e descumprimento de missão, já que deixaram a área de patrulhamento sem autorização ou justificativa. Tanto a jovem quanto os policiais passaram por exame de corpo de delito, e imagens das câmeras corporais serão analisadas.
Nesta quarta-feira (4), Yasmin compareceu ao 26° DP (Sacomã) acompanhada da mãe e prestou depoimento à autoridade policial.