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PMs são indiciados após matarem colombiano em surto, na capital paulista

Caso foi registrado como “morte decorrente de intervenção policial”
Reprodução: BandNews TV

A Polícia Militar afastou os agentes acusados de matar um colombiano com cerca de 40 tiros em um apartamento no centro de São Paulo. O caso aconteceu no dia 24 de dezembro, na véspera de Natal, mas só veio a público nesta semana.

Segundo o Boletim de Ocorrência, a vítima estaria sofrendo um surto psicótico, e a polícia foi acionada por uma vizinha, que teria ouvido gritos de uma criança e visto marcas de sangue na varanda do apartamento. Ao chegaram no local, os agentes se depararam com a vítima esfaqueando um cachorro, e iniciaram uma negociação para que o rapaz se rendesse.

Em um primeiro momento, o homem chega a largar a faca e aparenta colaborar com a abordagem. No entanto, o colombiano volta a tomar posse do objeto e ameaça reagir. Os policiais tentaram conter o rapaz com uma arma de choque, que acaba falhando. Neste momento, os quatro agentes que respondiam a ocorrência efetuaram os disparos, acertando inclusive o cachorro. A ação foi gravada por uma câmera corporal.

Os agentes foram indiciados por “morte decorrente de intervenção policial”. Eles são investigados por Inquérito Policial Militar, que apura a veracidade dos fatos. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) investiga se os policiais combinaram a versão apresentada no Boletim de Ocorrência.

Confira a nota emitida pela Secretária de Segurança Pública (SSP)

“Os policiais envolvidos são investigados por meio de Inquérito Policial Militar (IPM), que apura toda a dinâmica da ocorrência. Eles foram indiciados por homicídio e seguem afastados das atividades operacionais desde o ocorrido. A PM não tolera desvios de conduta de seus agentes e pune com rigor os que infringem os protocolos da corporação.

A Polícia Civil, por meio do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), também instaurou um inquérito policial e aguarda o resultado de laudos, que auxiliarão no esclarecimento dos fatos. Outros detalhes serão preservados em razão do sigilo das investigações” – publicou a SSP