Perícia feita pela Polícia Científica de SP comprova metanol em destilados apreendidos

16 mil garrafas apreendidas desde o dia 29 de setembro
Reprodução: BandNewsTV

Uma perícia realizada pelo Instituto de Criminalística da Polícia Científica de São Paulo detectou que o metanol foi adicionado a dois grupos de bebidas alcoólicas destiladas, que foram apreendidas em fiscalizações ocorridas na capital paulista.

O resultado da perícia revelou que a contaminação não aconteceu durante um processo de destilação natural. Ou seja, foi colocada de forma proposital. Em bebidas alcoólicas fermentadas (como vinho e cerveja), o metanol é formado em quantidades muito pequenas e inofensivas pela fermentação de açúcares e pectinas.

No entanto, na destilação, que é o processo de concentrar o álcool em bebidas como cachaça e whisky, o metanol se separa mais facilmente e a fração inicial de condensação é rica em metanol e deve ser descartada. Caso essa etapa não seja realizada corretamente, a bebida pode ser contaminada.

Na última sexta-feira, o Instituto de Criminalística criou uma força-tarefa para analisar as garrafas apreendidas durante fiscalizações para apurar a adulteração e contaminação por metanol. Segundo o último boletim divulgado pelo governo de São Paulo, 16 mil garrafas foram apreendidas desde o dia 29 de setembro.

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