O Papa Leão XIV realizou, na manhã desta terça-feira (20), o último dia de sua viagem apostólica ao Líbano, no Beirut Waterfront. O pontífice presidiu uma missa para cerca de 150 mil fiéis, conforme informado pela imprensa do Vaticano, seguindo o número comunicado pelas autoridades libanesas.
A maior autoridade da Igreja Católica fez um giro entre as pessoas no início do evento dentro do papamóvel. A ação foi prestigiada por lideranças religiosas locais. O Patriarca Youssef Absi da Igreja Greco-Católica Melquita, ouvido pelo portal de notícias Vatican News, destacou que a presença de Leão XIX trouxe “uma mensagem eloquente de esperança”, com o “desejo comum de sermos um, para que o mundo creia”.
O local onde o evento aconteceu fica próximo do centro e da área costeira de Beirute. Horas antes da celebração, o Papa se recolheu em oração no porto da cidade em solidariedade às famílias das 200 pessoas que morreram em uma dupla explosão em 2020.
O Pontífice passou três dias no Líbano. Durante sua fala, ele falou diretamente à população do país.
“É precisamente a vocês, querido povo libanês, que dirijo o convite a cultivar sempre atitudes de louvor e gratidão. A vocês que são destinatários de uma rara beleza com a qual o Senhor enriqueceu a sua terra e que, simultaneamente, são espectadores e vítimas do modo como o mal, de múltiplas formas, pode ofuscar esta magnificência”, declarou o Papa.
Leão XIV também destacou a beleza do Líbano, mas a pontuou como “obscurecida pela pobreza e pelo sofrimento, pelas feridas que marcaram a história de vocês”, além de “um contexto político frágil e muitas vezes instável, pela dramática crise econômica que os oprime, pela violência e pelos conflitos que despertaram antigos medos”.
Por fim, ele finalizou destacando que esses fatores fazem com que a gratidão dê lugar ao desencanto, mas encorajou as pessoas a seguirem a Palavra do Senhor para agir diferente e a se unirem em prol da paz, deixando de lado estereótipos e conflitos.
“Cada um deve fazer a sua parte e todos devemos unir esforços para que esta terra possa voltar ao seu esplendor. E temos apenas uma maneira de o fazer: desarmemos os nossos corações, derrubemos as armaduras dos nossos fechamentos étnicos e políticos, abramos as nossas confissões religiosas ao encontro recíproco, despertemos no nosso íntimo o sonho de um Líbano unido, onde triunfem a paz e a justiça, onde todos possam reconhecer-se irmãos e irmãs e onde, finalmente, se possa realizar o que nos descreve o profeta Isaías: «o lobo habitará com o cordeiro, e o leopardo deitar-se-á ao lado do cabrito; o novilho e o leão comerão juntos» (Is 11, 6).”
