O Papa Leão XIV iniciou oficialmente seu pontificado neste domingo (18), durante uma missa na Basílica e na Praça de São Pedro, no Vaticano. Mais de 200 mil fiéis participaram da celebração, que marcou o começo de uma nova etapa para a Igreja Católica Romana.
Antes da cerimônia, o novo pontífice percorreu as ruas próximas à praça no papamóvel, incluindo a tradicional “Via della Conciliazione”, saudando fiéis e visitantes.
Diversos líderes mundiais estiveram presentes, entre eles o vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin, o vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, os presidentes de Israel, Peru e Nigéria; os primeiros-ministros da Itália, Canadá e Austrália; o chanceler da Alemanha, Friedrich Merz; e a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen. A realeza europeia também marcou presença, com destaque para o rei Felipe e a rainha Letizia, da Espanha, posicionados em assentos de honra próximos ao altar.
Durante a cerimônia, Leão XIV recebeu dois dos símbolos mais tradicionais do papado: o pálio, uma faixa de lã de cordeiro que representa sua missão pastoral, e o anel do pescador, um sinete de ouro com a imagem de São Pedro segurando as chaves do Céu. Esse anel é feito exclusivamente para cada pontífice e, embora atualmente tenha uso mais simbólico, será destruído após sua morte ou renúncia.
Um pontífice com raízes Americanas
Nascido em Chicago, Robert Prevost, de 69 anos, passou muitos anos como missionário no Peru, país onde também obteve cidadania. Nome relativamente desconhecido no cenário global, Prevost foi elevado ao cardinalato há apenas dois anos e foi eleito papa em 8 de maio, após um conclave breve, que durou apenas 24 horas.
Ele sucede o Papa Francisco, falecido em 21 de abril, após 12 anos de pontificado marcados por uma forte atuação social e ambiental.
Compromissos e prioridades
Papa Leão XIV se comprometeu a dar continuidade ao legado de Francisco, especialmente nas questões sociais, como o combate à pobreza e a proteção do meio ambiente. Ao mesmo tempo, sinalizou abertura ao diálogo com os conservadores, prometendo preservar “a rica herança da fé cristã”.
Leão também demonstrou preocupação com temas contemporâneos, como os avanços da inteligência artificial e os conflitos armados ao redor do mundo. Em seu discurso, fez um apelo à Igreja, destacando a importância de liderar sem autoritarismo: “Não serei um autocrata”, afirmou, em referência à necessidade de ouvir diferentes vozes dentro da instituição.
O início do papado de Leão XIV marca um momento de renovação e expectativa para o 1,4 bilhão de católicos ao redor do mundo.
