UOL - O melhor conteúdo

Oposição pede que STF obrigue Câmara a instalar a CPI do INSS

Pedido foi feito pelo deputado Nikolas Ferreira e contesta posição do presidente Hugo Motta
Foto: BandNews TV/Reprodução

Nesta quinta-feira (22), os parlamentares da oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva entraram com um mandado de segurança para que o Supremo Tribunal Federal (STF) obrigue a Câmara dos Deputados a instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar o esquema de fraudes no INSS.

O pedido, formulado pelo deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), recorre ao posicionamento da Suprema Corte no momento em que os presidentes do Senado e da Câmara adiam a instalação da comissão mesmo com o cumprimento dos requisitos legais. 

“O STF possui jurisprudência pacífica no sentido de que, uma vez preenchidos os requisitos constitucionais, a criação da CPI constitui ato vinculativo, não sujeito a qualquer juízo de conveniência, oportunidade ou discricionariedade por pate da Presidência da Casa”, estabelece o documento.

Por meio do mandado de segurança, a oposição contesta a justificativa apresentada pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), de que não instala a CPI porque há outras comissões para serem instaladas antes da do INSS. 

Nikolas Ferreira menciona o caso no qual o STF determinou que a presidência do Senado instalasse a CPI da Covid após pedido da então oposição ao presidente Jair Bolsonaro. “Este entendimento não é novo. No referido julgamento, ficou assentado que não compete ao Presidente da Casa Legislativa qualquer margem de discricionariedade para obstar a criação de CPI, desde que presentes os requisitos constitucionais”, diz o mandado de segurança. 

Na prática, o pedido da oposição força o STF a se posicionar diante da sinalização do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, pelo adiamento da instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), formada por deputados e senadores. A expectativa era de que o requerimento para a instalação ocorresse na sessão do Congresso no próximo dia 26, mas Alcolumbre disse que isso só ocorrerá no dia 17 de junho.

Beatriz Hadler sob supervisão de Denise Bonfim.

Compartilhe com seus amigos!