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Netanyahu diz que Israel assumirá o controle da Faixa de Gaza e libera ajuda humanitária

Fala acontece um dia após forte ofensiva israelense contra o enclave
Reprodução: BandNews TV

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou nesta segunda-feira (19) que Israel assumirá o controle da Faixa de Gaza. Ele justificou a medida como fundamental para a vitória na guerra contra o grupo extremista Hamas, e completou que irá combater a fome no enclave e ajudar na conquista de objetivos no conflito.

O premiê também autorizou a entrega de ajuda humanitária no território, que será mediada pelo exército israelense. A medida ocorre após pressão internacional exercida por países “amigos de Israel”, conforme dito por Netanyahu. A ação também busca impedir que o Hamas tenha acesso aos suprimentos destinados aos cidadãos de Gaza.

A fala do premiê acontece um dia depois das forças de Israel lançarem uma forte ofensiva terrestre contra as regiões Norte e Sul de Gaza, que deixou mais de 130 mortos, conforme informou o Ministério da Saúde palestino, controlado pelo Hamas. Além disso, mais de 500 pessoas morreram no enclave desde o último dia 11 de maio.

Em comunicado, o exército israelense disse que a onda de ataques aconteceu como forma de diminuir a capacidade de resposta do Hamas contra futuros ataques.

“Continuaremos até quebrar a capacidade de combate do inimigo, até derrotá-lo onde quer que operemos. Não podemos voltar a 7 de outubro. Temos dois objetivos principais pela frente: o retorno dos sequestrados e a derrota do Hamas”, disse o Major-General Eyal Zamir, chefe das forças militares de Israel.

A pasta pontuou que mais de 670 alvos do grupo foram atingidos ao longo da última semana. Netanyahu também afirmou que as futuras ações de Israel contra a Faixa de Gaza serão intensas, e a população será descolada novamente dentro do território.

Desde o início da guerra no dia 7 de outubro de 2023, a operação militar israelense causou grandes estragos em cidades palestinas, o que forçou inúmeros deslocamentos, incluindo uma série de crises humanitárias. As autoridades palestinas apontam mais de 53 mil mortes, com a maioria sendo civis, segundo levantamento independente da ONU.

Alexandre Mansano (sob supervisão de Júlia Alves)

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