O Ministério Público Federal (MPF) denunciou 13 ex-executivos do Grupo Americanas por fraudes contábeis que resultaram em um rombo de R$25 bilhões e levaram a empresa a pedir recuperação judicial. Entre os acusados está o ex-CEO Miguel Gutierrez, apontado como líder do esquema que manipulava balanços financeiros para inflar artificialmente os lucros da companhia. A denúncia foi apresentada à Justiça Federal do Rio de Janeiro.
Segundo as investigações, o grupo teria utilizado manobras contábeis para aumentar o valor das ações da Americanas e da B2W na bolsa de valores, prejudicando credores e investidores. Além de Gutierrez, outros ex-executivos, como Anna Saicali e Timotheo Barros, foram denunciados. Três dos acusados já firmaram acordos de colaboração premiada, detalhando o funcionamento do esquema fraudulento.
As provas incluem e-mails, trocas de mensagens e documentos que demonstram a discrepância entre a contabilidade real e a maquiada. Gutierrez, que comandou a empresa por duas décadas, deixou o cargo em 2022 e se mudou para a Espanha, onde chegou a ser preso, mas foi liberado após entregar seu passaporte. O caso segue na Justiça, enquanto a empresa tenta se recuperar financeiramente com um plano que envolve aportes bilionários de investidores e bancos credores.