Moraes mantém prisão de Braga Netto por obstrução das investigações

Ex-ministro da Casa Civil está preso desde dezembro de 2024
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta segunda-feira (3), manter a prisão preventiva do general da reserva Walter Braga Netto. Ex-ministro da Casa Civil e vice na chapa de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022, o militar está preso desde dezembro de 2024, acusado de tentar interferir nas investigações sobre a tentativa de golpe de Estado que buscou impedir a posse do presidente Lula.

Na decisão, Moraes destacou que Braga Netto foi condenado a 26 anos e seis meses de prisão e ao pagamento solidário de R$ 30 milhões por danos causados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. O ministro afirmou que a manutenção da prisão é necessária para garantir a aplicação da lei penal e evitar uma possível fuga.

“O término do julgamento do mérito e o fundado receio de fuga do réu, como já ocorreu em outros casos relacionados aos atos de 8 de janeiro, justificam a continuidade da prisão preventiva”, escreveu Moraes.

Durante a investigação, a Polícia Federal apontou que o general tentou ter acesso a informações sigilosas da delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o que configuraria tentativa de obstrução das investigações.

A defesa de Braga Netto nega as acusações e afirma que o militar nunca tentou interferir no andamento das apurações conduzidas pela Polícia Federal.

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