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Moisés Rabinovici: Comida imediata decidida para Gaza

Israel permite entrada de ajuda humanitária diante de pressão internacional
Foto: BandNews TV/Reprodução

Gaza vai receber comida imediatamente — decidiu o governo israelense, pressionado pelos EUA e vários países. A entrada de ajuda humanitária, bloqueada desde o início de março, seguirá o mesmo mecanismo usado anteriormente, até que a fundação criada pelos EUA esteja a postos — seus primeiros funcionários desembarcaram hoje em Tel Aviv.

O comunicado do governo israelense não diz que a decisão dos ministros foi tomada sob forte pressão. Alega que foi uma recomendação das Forças de Defesa de Israel (FDI) “devido a uma necessidade operacional de expandir a guerra para derrotar o Hamas”.

O comunicado acrescenta que “Israel vai agir para impedir que a ajuda humanitária caía nas mãos dos terroristas do Hamas”. Os 2,2 milhões de famintos gazenses receberão “uma quantidade básica de comida para conter a crise de fome em Gaza”. Várias ONGs internacionais, inclusive o Programa Mundial de Alimentos da ONU e a World Central Kitchen, que se recusaram a trabalhar com a fundação que as substituirá, devem ajudar na distribuição da ajuda humanitária à população.

O governo israelense só decidiu pela abertura da fronteira aos caminhões com mantimentos para Gaza. As negociações em Doha, no Catar, estão entre dois planos de cessar-fogo: um parcial, com 9 a 10 reféns libertados, em troca de prisioneiros palestinos e um tempo não definido de cessar-fogo, talvez de 45 dias; e outro em que todos os reféns serão soltos, a guerra encerrada, o Hamas rendido e desarmado, e seus líderes exilados.

Como pressão para um acordo, a escalada israelense prossegue, os tanques penetrando profundamente em Gaza, com apoio da aviação. Nos últimos quatro dias, 400 palestinos foram mortos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.

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