O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, pediu demissão do cargo nesta sexta-feira (2), após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto. A notícia do encontro foi anunciada em primeira mão pela repórter Thayane Melo, da BandNews TV.
A decisão ocorre em meio ao avanço das investigações sobre fraudes no INSS e à pressão de aliados, que apontaram a falta de condições políticas para sua permanência. Lupi agradeceu a Lula pela confiança e declarou, em nota publicada nas redes sociais, que seu nome não foi citado nas apurações.
O colapso administrativo na Previdência foi um dos fatores que levaram à saída de Lupi. As filas para atendimento no INSS ultrapassam 2,5 milhões de pessoas e seguem crescendo rapidamente. Segundo apuração da BandNews TV, Wolney Queiroz, atual secretário-executivo da pasta, foi o responsável por garantir o apoio do PDT ao governo, mesmo diante da pressão do senador Ciro Nogueira. O presidente Lula convidou Wolney para assumir o ministério, e sua nomeação será oficializada em edição extra do Diário Oficial da União ainda hoje.
A oposição reagiu à mudança. Em nota, o líder oposicionista na Câmara, deputado Sanderson Zucco (PL-RS), afirmou que a saída de Lupi “é a confirmação de que sua permanência se tornou insustentável”. A troca de comando ocorre em um momento crítico para o governo, que busca dar respostas à população diante da crise na Previdência e reforçar o controle sobre possíveis irregularidades no sistema de benefícios.