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Lula decreta luto oficial de 7 dias pela morte do Papa Francisco e exalta legado do pontífice

Uma das visitas mais recentes de representantes brasileiros ao pontífice foi feita pela primeira-dama, Janja da Silva, em 12 de fevereiro
Ricardo Stuckert

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva publicou, no Diário Oficial da União, o decreto de luto oficial de sete dias em razão da morte do Papa Francisco, falecido na madrugada desta segunda-feira (21), aos 88 anos. Lula e o pontífice mantinham uma relação de amizade desde os tempos em que Jorge Mario Bergoglio ainda era cardeal em Buenos Aires.

Pelas redes sociais, o presidente lamentou a perda e exaltou o legado deixado por Francisco:

“A humanidade perde hoje uma voz de respeito e acolhimento ao próximo. O Papa Francisco viveu e propagou em seu dia a dia o amor, a tolerância e a solidariedade que são a base dos ensinamentos cristãos. (…) Assim como ensinado na oração de São Francisco de Assis, o argentino Jorge Bergoglio buscou de forma incansável levar o amor onde existia o ódio. A união, onde havia a discórdia. E a compreensão de que somos todos iguais, vivendo em uma mesma casa, o nosso planeta, que precisa urgentemente dos nossos cuidados.”

Em junho de 2024, Lula e Francisco se encontraram durante a cúpula do G7, na Itália. O papa se tornou o primeiro líder da Igreja Católica a discursar no evento. Aproveitando a ocasião, os dois voltaram a se reunir para tratar de temas em comum, como a fome e a desigualdade social. Uma das visitas mais recentes de representantes brasileiros ao pontífice foi feita pela primeira-dama, Janja da Silva, em 12 de fevereiro.

Na nota de pesar, Lula também destacou os fundamentos do primeiro papa latino-americano:

“Com sua simplicidade, coragem e empatia, Francisco trouxe ao Vaticano o tema das mudanças climáticas. Criticou vigorosamente os modelos econômicos que levaram a humanidade a produzir tantas injustiças. Mostrou que esse mesmo modelo é o que gera desigualdade entre países e pessoas. E sempre se colocou ao lado daqueles que mais precisam: os pobres, os refugiados, os jovens, os idosos e as vítimas das guerras e de todas as formas de preconceito.”

Durante o período em que Lula esteve preso em Curitiba, em maio de 2019, o Papa Francisco lhe enviou uma carta de apoio, incentivando-o a “não desanimar e continuar confiando em Deus”.

 

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