O Juventus deu um passo decisivo rumo à transformação de seu departamento de futebol em Sociedade Anônima do Futebol (SAF). Na noite desta terça-feira (17), o Conselho Deliberativo do clube aprovou, por 70 votos a 18, a proposta de venda apresentada pela REAG Capital Holding. A decisão agora será submetida à análise dos sócios do clube, em assembleia ainda sem data definida.
Esta foi a terceira tentativa recente de transformar o futebol do tradicional clube da Mooca em SAF. A primeira, em 2022, foi barrada e envolvia o grupo italiano Almaviva. No ano passado, Almaviva e outras duas empresas voltaram a apresentar propostas, mas também não obtiveram sucesso. Neste novo processo, três propostas foram inscritas, mas apenas uma foi considerada apta para ser votada pelo Conselho.
Durante todo o processo, torcedores realizaram protestos contrários à venda do futebol do clube. A disputa teve episódios de tensão, com acusações por parte de empresas interessadas de que houve falta de transparência. Conselheiros contrários à SAF chegaram a ser temporariamente afastados, por razões não diretamente ligadas ao tema da votação.
A proposta aprovada foi a da REAG Capital Holding, que prevê um investimento inicial de R$ 20 milhões no clube social, além da reforma da sede em até seis meses. O investimento total no futebol pode chegar a R$ 480 milhões até 2035, condicionado ao desempenho esportivo. Entre as metas do projeto estão o retorno à elite do futebol paulista em 2027, a participação na Série D em 2028, o acesso à Série A do Brasileirão em 2031 e a disputa de um torneio internacional em 2033. A proposta também promete transformar o Estádio da Rua Javari em uma arena moderna e formar atletas para o mercado europeu.