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Justiça dos EUA aprova plano de recuperação judicial da Gol

A expectativa é que a companhia aérea conclua o processo em junho
Foto: BandNews TV/Reprodução

A Justiça dos Estados Unidos aprovou a proposta de recuperação judicial da companhia aérea Gol para sair da chamada Lei de Falências estadunidense, o “Chapter 11”, processo que se assemelha à recuperação judicial no Brasil. A informação foi divulgada pela empresa em comunicado oficial aos investidores, nesta terça-feira (20).

O pedido de reestruturação foi feito pela companhia aérea em janeiro de 2024, junto ao Tribunal de Falências de Nova York, após atingir dívidas de aproximadamente R$ 20 bilhões. A recuperação judicial visa permitir que a Gol reorganize suas obrigações financeiras de curto prazo e fortaleça a estrutura de capital para garantir sustentabilidade nos negócios.  

No comunicado, a empresa informou que “avançou significativamente na melhoria de sua posição competitiva, fundamentos financeiros e desempenho operacional”. Um empréstimo de US$ 1 bilhão permitiu que a companhia investisse em sua frota e, assim, negociasse pacotes de concessões, totalizando R$ 1,1 bilhão com empresas que alugam seus aviões. Além disso, com o apoio de bancos brasileiros, a empresa começou a implementar um programa de melhoria de resultados anual de US$ 181 milhões. 

A expectativa é de que a Gol conclua o processo de “Chapter 11” nos EUA em junho deste ano, com um balanço patrimonial fortalecido, recuperação total da frota de Boeings 737 e dependendo menos de empréstimos. Com uma jurisprudência consolidada, o procedimento estadunidense acontecerá com maior fluidez e segurança em relação ao Brasil.

Segundo a empresa, uma assembleia-geral para aprovar o aumento de capital previsto será realizada no dia 30 de maio. Após a implementação do plano de reestruturação, a holding sul-americana Abra permanecerá como a maior acionista indireta da companhia aérea.

Apesar do número significativo e sólido de operações, a alta despesa com contratos de aluguel de aeronaves e os juros pressionaram o fluxo de caixa da Gol e afetaram sua dívida. Outros fatores que contribuíram para o cenário de recuperação judicial foram os efeitos da pandemia de Covid-19 e problemas de capacidade por conta dos atrasos na entrega de novas frotas.

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