A Justiça do Rio de Janeiro atendeu a um pedido do Ministério Público Estadual que aponta favorecimento a uma empresa chinesa do ramo de saúde durante a dispensa de licitação para a obtenção de equipamentos e serviços de saúde no contexto da pandemia de covid-19, em 2020.
Segundo o MP, houve pagamento de propina disfarçado de comissão e favorecimento a um empresário que, conforme a ação, administrou repasses via caixa dois para a campanha de Marcello Crivella à Prefeitura do Rio nas eleições de 2016. O prejuízo estimado aos cofres públicos é de R$ 65 milhões.
Além do ex-prefeito, também tiveram bens bloqueados a ex-secretária municipal de Saúde, Ana Beatriz Busch Araújo, o ex-subsecretário Ivo Remuszka Junior, dois empresários e quatro empresas, totalizando R$ 200 milhões em bloqueios.
Prefeito entre 2017 e 2020, Crivella afirmou que os materiais e equipamentos que estão no foco da ação do Ministério Público foram adquiridos antes da pandemia, quando os preços estavam abaixo dos praticados em 2020. Ele também declarou que as ações da Prefeitura foram amplamente divulgadas.
A defesa do ex-prefeito soube da decisão da Justiça pela imprensa e aguarda a notificação oficial para entrar com recurso.