Japão avalia reduzir compras de soja brasileira e commodity pode ser importada dos EUA

Governo japonês prepara plano de compras que inclui outros suprimentos norte-americanos, como gás natural
Foto: Reprodução/BandNews TV

O Japão pode reduzir as compras da soja do Brasil para reforçar a aliança com os Estados Unidos. A ideia deve ser colocada na mesa nas negociações dos asiáticos com Donald Trump. A nova primeira-ministra, Sanae Takaichi, receberá o chefe da Casa Branca na semana que vem.

Para se aproximar de Washington, o governo da nova premiê está finalizando os preparativos para um pacote de investimentos, que envolve adquirir mais soja dos Estados Unidos. O país perdeu um grande mercado consumidor quando a China zerou as compras em meio às novas tensões entre as potências.

Para balancear as negociações, Tóquio teria que comprar menos do Brasil, maior produtor da commodity. Segundo fontes da agência de notícias Reuters, 70% da soja consumida pelo Japão é de origem norte-americana.

Na tentativa de agradar Trump, a primeira-ministra japonesa também deve se comprometer a importar picapes americanas e mais gás natural.

A ideia também é manter a promessa de investir US$ 550 bilhões em território norte-americano nos próximos anos. A medida faz parte de um acordo para o país conseguir uma taxação menor. Uma reunião bem-sucedida com Trump ajudaria a fortalecer o governo de Takaichi, que possui uma minoria no parlamento.

Investimento em defesa

Em relação à defesa, a nova primeira-ministra afirmou que pretende reforçar os laços de segurança entre Washington e Tóquio. O Japão abriga atualmente a maior concentração de poder militar dos Estados Unidos, incluindo porta-aviões, caças e uma força expedicionária da Marinha norte-americana.

Ainda de acordo com fontes da Reuters, Sanae Takaichi pretende sinalizar a disposição japonesa em expandir o setor de defesa além dos 2% do PIB na reunião da próxima semana. O ministro das Relações Exteriores do país, Toshimitsu Motegi, explicou que a medida “Não se trata do valor ou da proporção em relação ao PIB. O que importa é a substância de nossas capacidades de defesa.”

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